sábado, 24 de janeiro de 2009

Histórias da História...- O PRESENTE

«Comboio em miniatura»

Nem mesmo os filhos dos reis tinham muitos brinquedos, e os que havia eram feitos artesanalmente e cada um era diferente, único.
Ora calculem a surpresa e alegria que sentiram os filhos da rainha D. Maria II e de D. Fernando II (aquele que mandou construir o Palácio da Pena) quando receberam um pequeno comboio, o Liliputaine, oferecido pelo rei de França, padrinho do príncipe português, D. Luís.
Era uma miniatura do comboio particular do monarca francês.
O "brinquedo" era feito em madeira pintada, cobre e metal dourado. Podia transportar várias crianças e mesmo um ou dois adultos em pequenas "viagens".
O sucesso foi de tal modo estrondoso que, posteriormente, foi instalado no Passeio Público, em Lisboa, situado onde é actualmente a Avenida da Liberdade, para divertimento da população. Neste local se reunia a sociedade lisboeta, nos seus momentos de lazer.

Histórias da História... - telégrafo

O telégrafo

Entre os anos 1806 e 1807, o então Príncipe Regente D. João instalou a corte no Palácio Real de Mafra. Os nobres e altos funcionários do reino iam, muitas vezes, visitar aí a família real – «fazer a corte», como se dizia então.
O Desembargador José Guilherme de Miranda, administrador dos Marqueses de Fronteira e tutor de D. José Trazimundo e de seus irmãos, era conhecidos pelas muitas anedotas que se contavam sobre a sua pessoa.
Um dia, depois de ter ido a Mafra visitar o Príncipe Regente, esqueceu-se de uma magnífica caixa de rapé num dos muitos quartos que existiam no Palácio Real. Ficou muito aflito porque, naquela altura, percorrer os poucos quilómetros que separam Mafra de Lisboa obrigava a uma viagem demorada e cansativa.
Foi então que um dos seus amigos, ao ouvi-lo lamentar-se, lhe sugeriu:
- Mande pedir a caixa pelo telégrafo!
O Desembargador mandou, então, um criado seu fazer o pedido. E quando o criado voltou, dizendo que tinha dado o recado, furioso, gritou-lhe:
- Seu tolo! Por que não fizeste o que te ordenei? Não te mandei pedir que enviassem a caixa pelo telégrafo? Então, por que não a enviaram?
(Narrativa adaptada de um excerto de Memórias do Marquês de Fronteira e d’Alorna)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sempre a aprender

Prof. Pasquale Cipro Neto

Popularmente diz-se:
'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro.'
O correcto:
'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.'
'Cor de burro quando foge.'
O correcto é:
'Corro de burro quando foge!'
Outro, que todos dizem de uma maneira errada:
'Quem tem boca vai a Roma.'
O correcto é:
'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar)
Outro famoso...:
'Quem não tem cão, caça com gato.'
O correcto é:
'Quem não tem cão, caça como gato'... ou seja, sozinho!

Dizia correctamente algum desses ditados?

Frases intemporais

«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.»
Eça de Queiroz