quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Gripe A

Vídeo didáctico para crianças

Também podes ver:

"Sem abraço, sem beijinho, sem aperto de mão... " sem nada!

Está giríssimo!!!

http://www.youtube.com/watch?v=k9kf5n3Wmh4

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Jogos populares da minha terra


Revivalismo...


Arrebenta balões


Material: * balões
* farinha
* água
* pau
* fio
* prémios

Regras: Podem jogar os jogadores que quiserem, mas só um de cada vez. Penduram-se os balões: um com água, outro com farinha e um terceiro com um prémio. Tapam-se os olhos ao jogador com um pano e, de olhos vendados, com um pau na mão, ele tenta arrebentar o balão que tem o prémio.



Cabra-cega

Material: * um lenço
* 3 ou mais jogadores .

Regras: Um jogador venda os olhos àquele jogador que, com olhos vendados, tentará apanhar um dos outros. Quem descobrir os outros jogadores com os olhos vendados ganha. O jogo demora 15 minutos .


Corrida de sacos


Material:

* 2 ou mais sacos de ráfia.
* 2 ou mais jogadores .
* giz

Regras: Risca-se no chão o local de partida e de chegada. Cada pessoa enfia-se dentro do seu saco, coloca-se em posição vertical, segura com as mãos as abas do saco, e só quando o juiz do jogo dá a partida é que podem correr, aos saltos, até à meta . Quem chegar primeiro ganha.

Pontuação: o a 20 pontos.

Dá-me lume


Material:

* um giz
* um pau
* 3 ou mais jogadores

Regras: Faz-se um círculo para cada pessoa, menos para uma que vai andar à roda de cada círculo a pedir lume com um pau. Enquanto essa pessoa pede a um jogador lume, as outras que estão nos outros círculos mudam (trocam) para outro círculo. Se a pessoa que está a pedir lume, entretanto, conseguir entrar num círculo momentaneamente vago, a outra que ficou de fora substitui-a a pedir lume. Qualquer jogador pode começar o jogo. O jogo demora o tempo que nós quisermos e ganha quem tiver mais pontos .

Esconde-esconde

Material: * 3 ou mais jogadores

Regras: Um dos jogadores mucha e os outros escondem-se e o jogador que estava a muchar vai ter de os encontrar os que estavam a muchar. Depois vai ter de ir a correr ao lugar onde muchou e dizer 1, 2, 3 e o nome da pessoa. O jogo dura mais ou menos 20 minutos e ganha quem se livrar. Inicia-se o jogo quando um jogador começa a muchar.


Fita-azul

Material:

* uma fita azul

*5 ou mais jogadores

Regras: Faz-se uma roda, vai um ao meio e, depois, começa-se a andar à roda do que está no meio. Inicia-se o jogo quando alguém vai ao meio. O jogo demora 5 minutos.


Lencinho


Material : * um lenço
* 5 ou mais jogadores


Regras: Faz-se uma roda , um dos elementos fica de fora e anda á roda com o lenço, deixa-o cair atrás de alguém , depois foge e o outro que ficou com o lenço tenta apanhá-lo. A pessoa que está com o lenço é que inicia o jogo. O jogo dura 15 minutos e ganha quem apanha o lenço e caça quem o deixou cair.

Malha

Material: * quatro malhas
* dois mecos
* quatro jogadores

Regras : Um dos jogadores atira a malha e tem de tentar acertar no meco ou ficar perto dele. Coloca-se os mecos a 1 metro de cada jogador. Demora 15 minutos. Atira-se à sorte a ver quem começa o jogo. Ganha quem tiver mais pontos e acertar no meco.

Pontuação: 1 ponto se ficar perto do meco .
3 pontos se acertar no meco .
15 pontos muda-se de campo.
30 pontos acaba o jogo .

Pau ensebado

Material:

* um pau alto
* sebo
* um prémio
* jogadores

Regras: O pau é ensebado e na ponta deste coloca-se o prémio .Só pode jogar um de cada vez e as regras do jogo são :cada jogador tenta subir o pau, até conseguir chegar ao prémio, vencendo, e ganhando, deste modo, o prémio. O primeiro a subir ao pau inicia o jogo. O tempo que dura é de 20 minutos .


Pedreiro

Material:

* 3 pedras
* 3 paus
* giz
* 2 jogadores

Regras: Temos de fazer um quadrado no chão e dentro um asterisco. A seguir mete-se uma pedra ao meio, vai-se jogando sem deixar o companheiro fazer 3 em linha. Quem inicia o jogo é o das pedrinhas. Dura 10 minutos e ganha quem fizer 3 em linha .


Pião

Material: um pião e uma baraça (cordel).

Regras: Primeiro faz-se um círculo no chão com um metro ou um metro e meio de raio; depois, o concorrente, de acordo com a ordem indicada, lança o pião com uma das mãos para dentro do círculo, sem deixar escapar a baraça que enroscara à sua volta. É permitida uma segunda tentativa.
Joga um elemento de cada equipa, saindo vencedor o que conseguir fazer rodopiar durante mais tempo o pião sem sair do círculo.

Pontuação: de 0 a 50 pontos.

Sueca

Material: * um baralho de cartas
* dinheiro (não é obrigatório)
* 4 jogadores

Regras: Baralham-se as cartas e dão-se 10 a cada jogador. É obrigatório assistir se tiver, existe uma pinta que é o trunfo. O grupo que fizer mais pontos ganha .A pontuação faz-se contando o valor das cartas . O jogo demora cerca de uns 10 minutos .

sábado, 18 de julho de 2009

História para crianças, em vídeo

http://flocos.tv/curta/a-flor-mais-grande-do-mundo/

1º Prémio de Cinema Ecológio

Título: A flor mais grande do mundo
Autor: José Saramago

sexta-feira, 17 de julho de 2009

POESIA... fala por mim...

NUNCA ESTEVE TÃO ACTUAL!

A poesia de Rui Barbosa (poeta brasileiro), apresentada a seguir, poderia ter sido escrita hoje, sem mudar uma palavra.

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.

Rui Barbosa

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Zé da Costa, mestre da Banda dos BV de Famalicão

Zé da Costa
Desde pequenina que oiço falar no avô materno da mãe com muita admiração e carinho. Em casa da avó Justina até havia um retrato dele de meio corpo com o traje de bombeiro! E quando a avó faleceu, da corporação pediram uma cópia do tal retrato...
Era mestre da banda de Música da Associação dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, falado nos jornais, nos escritos de Vasco de Carvalho, e durante muito tempo recordado por familiares e conhecidos, pela fama que grangeou com sua Banda, mas também pelas peças musicais que escreveu, tendo, inclusive, ganho um prémio com uma música de sua autoria num concurso de bandas em Espanha. Afirma Vasco de Carvalho “celebrou-se como regente desta Banda, e foi autor de algumas peças próprias para este género musical.”E onde param essas peças? Que é feito delas? Continuam a ser tocadas? E a quem atribuem o autor?
José Maria da Costa era natural de S. Tiago de Antas, filho do tamanqueiro José Rodrigues da Costa e de Ana Joaquina da Silva residentes nesta freguesia. Teve uma alfaiataria e uma padaria, mas destacou-se como músico.
Casou por duas vezes e de ambos os matrimónios teve filhos. A segunda vez que se casou foi com a brasileira D. Balbina Ferreira Barbosa, conhecida por D. Binoca, filha de um emigrante famalicense no Brasil pra onde terá ido com cerca de dois anos de idade, segundo contava a filha Iracema.
Em 1917 terá tocado o Hino da monarquia, na Trofa, já em plena República, e desde então entrou em descrédito como homem e músico. Faleceu na Rua Direita de endocardite crónica, com 64 anos, à 1h30m, de 24 de Fevereiro de 1921.

domingo, 7 de junho de 2009

Mexam-se... também vos diz respeito!!!


Quero ser livre e poder votar em gente de carácter...
Quero ter direito ao trabalho e ao pão...
Quero continuar a viver Abril!
Não quero ver mais podridão!...


Na primeira noite, eles aproximam-se
e colhem uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.


Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada.


Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.


E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Maiakovski

Primeiro levaram os negros,
Mas não me importei com isso,
Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas não me importei com isso,
Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis,
Mas não me importei com isso,~
Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados,
Mas como tenho o meu emprego,
Também não me importei.

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Festas e Romarias no concelho

* Antas, S. Tiago de

  • Nossa Senhora da Conceição, dia 8 de Dezembro.
  • S. Tiago de Antas, no último Domingo de Julho.

* Brufe

  • Santíssimo Sacramento, no 1º Domingo de Setembro.

* Cabeçudos

  • Santa Catarina, no 1º Domingo de Setembro.
  • Senhora da Abadia, no dia 15 de Agosto.

* Calendário

  • Senhora dos Remédios, 3º Domingo de Maio.
  • S. Miguel - O – Anjo e Sta. Catarina, finais de Maio.

* Esmeriz

  • S. Marçal (2º Domingo de Julho).
  • S. Pedro e S. Francisco (Domingo mais próximo de 4 de Outubro).

* Gavião

  • S. Vicente, último Domingo de Janeiro; S. João, dia 23 de Junho.

* Lousado

  • Sagrado coração de Maria, Senhora da Boa Hora, Segunda de Setembro.
  • S. Lourenço , em Agosto

* Portela

  • Santa Marinha, Domingo seguinte a 18 de Julho.

Nota: Aqui constam apenas as Festas e Romarias que conheço em algumas freguesias.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mini-calendário agrícola

EM MAIO
Nas hortas e campos:
Semear ervilhas, abóboras, pepinos, melões, alfaces, tomates, linho, cenouras, agriões, couves.
Plantar tomateiros, beringelas, morangueiros.
Despontar pepinos, tomates, abóboras, melancias e melões.
Sachar batatas, legumes, milho, meloais.

Nos jardins:
Semear goivos, campânulas, cravos que hão-de ser transplantados em Setembro. Plantar begónias, jasmins, dálias...
EM ABRIL
Nos campos e hortas, sachar batatais e milhos (aplicar nitrato em cobertura, se a folhagem tiver tom amarelado) já nascidos; mondar cereais e favais; semear milho, feijão, alpista, girassol, abóboras, melões, melancias, pepinos, couves (lombarda, saloia, repolho, bróculos, repolho e portuguesa – aplicar adubo azotado solúvel, às hortaliças já pegadas, mas evite atingir as zonas verdes das plantas), tomates, alfaces, cenouras, ervilhas,. Plantar batata comum e doce. Enxertar árvores de fruto e findar a poda nas oliveiras.
Nos jardins, semear crisântemos, papoilas, cravos da Índia, sécias, cravinas, zínias, amores perfeitos, manjericos... Meter na terra os tubérculos de andorinhas, begónias, gladíolos...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Falar/ escrever português

Você sabe o que é tautologia?
É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:
- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito .
Note que todas essas repetições (palavras destacadas a vermelho) são dispensáveis. Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.

Matemática dos Maias

Como multiplicavam?

Utensílios agrícolas




Ancinho – serve para «acartar» a forragem, o mato ou coisas que se
encontram no cimo da terra. Tem um cabo de madeira e
uns dentes de ferro. Também os há só em madeira.





Arado - serve para mover a terra. É de madeira e de ferro.

Caixa de cereais - serve para guardar os cereais, como por
exemplo, o milho e ainda a farinha. São todas de madeira.

Canecos – serviam para medir as quantidades dos líquidos – aguardente, azeite, mel...
Eram geralmente de alumínio. Havia o de litro, o de meio litro e o de quartilho.

Crivos – eram utilizados para crivar (limpar) os cereais.
Havia um para o milho e feijão, outro para o centeio e trigo.



Carro de bois - serve para «acartar» os cereais, o mato... para onde quiser.
É todo de madeira.


Forquilha - serve para pegar no feno, estrume... e pôr noutro sítio.
Pode ser com o cabo de ferro ou de madeira e em baixo tem vários dentes de ferro.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O sagrado e o profano


REZAS, CRENDICES E SUPERSTIÇÕES



SANTA CATARINA

Santa Catarina Milagrosa, dai-nos juizinho até à hora da nossa morte.


SANTA LUZIA

Santa Luzia Milagrosa, dai-nos vistinha e claridade até à hora da nossa morte.


SENHORA DOS REMÉDIOS

Senhora dos Remédios, dai-nos remédinhos para nós nos curarmos.


SENHORA DAS DORES

Senhora das Dores, tira-nos as dores que temos no nosso corpo.


S. BENTINHO DA PORTA-ABERTA


S.Bentinho da Porta-Aberta tirai-nos os males que nós temos e dai-nos saudinha.





Reza da Trovoada
Santa Bárbara pequenina



Se vestiu e se calçou
E seu caminho caminhou
Encontrou Nossa Senhora
Que lhe perguntou:
- Aonde vais, Bárbara?
- Vou ao céu
Abrandar a trovoada
Mandá-la para o mar marinho
Onde não haja pão nem vinho
Nem bafinhos de menino
Para sempre Ámen Jesus.

No relâmpago diz-se:
São Jerónimo, Santa Bárbara Virgem.



Reza do Coxo
Eu te corto, ó coxo
Aranha, aranhão
Sapo, sapão
Lagarto, lagartão
E todo o bicho que tem maldição
À frente labrarás
Atrás voltarás
Em louvor de Deus e da Virgem Maria
Um Pai Nosso e uma Avé Maria.




Talhar Aftas
Estrelinha do além
Tira-me esta afta
Que a minha boca tem.



Nota: tem que se dizer 3 vezes ao dia e 3 dias seguidas.


Talhar o bicho
Bicho, bichão
Aranha, aranhão
E o bicho de toda a nação
Em nome de são Silvestre
Tudo que eu diga preste.

Nota: Usa-se lume e tem de se dizer a oração três vezes.

Crenças /Superstições


1. Quando uma mãe estiver a dar de mamar não pode beber água, porque se beber o bebé pode ficar com a gota.

2. Não se bebe água de noite porque a água também dorme.

3. Quando se bebe água de noite deve-se agitar a água.

4. Ter uma vareja em casa é sinal de visitas.

5. Não pôr a carteira no chão é sinal que há pouco dinheiro.

6. Nunca deixe três cadeiras enfileiradas, pois isso atrai influências negativas.

7. Para que tenha um dia tranquilo e cheio de realização levante da cama pelo lado esquerdo, com o pé direito, e não deixe que ninguém lhe arrume a cama.

8. Se você passa por debaixo de uma escada triangular é sinal de que poderá atrair energias negativas.

9. Outra superstição diz que se a pessoa se deitar sobre uma mesa estará chamando a morte.

10. Nunca pendure um quadro de cabeça para baixo, pois isso dá azar.

11. Se um relógio parar de repente, é sinal de que poderá enfrentar problemas pela frente.

12. Se um telefone, assim que ele tocar, ficar a chamar por muito tempo, significa que você deve tomar cuidado com as energias negativas.

13. Existe crença de que os maus espíritos passam pelas portas. Por isso, para afastá-los, coloque quadros ou estátuas de santos e anjos, porque senão terá muitas coisas negativas.

14. Se a mãe estiver a beber não pode dar mama ao bebé.

15. Quando se faz uma casa, no primeiro dia que se vai para lá morar deve-se comer uma galinha preta porque dá sorte.

16. Não se deve passar por baixo da mesa, porque dá-nos a gota.

17. Quando está a trovejar, não se deve estar à porta porque podemos ficar paralíticos.

18. Se uma tesoura cair no chão é sinal de azar.

19. Quando trovejar não se deve pôr os dedos em ferro, senão fica com os dedos lá colados.

20. Não se deve matar um gato preto porque dá azar.

21. Quem tem dentes raros é mentiroso.

22. Quem passar ao cemitério a partir da meia-noite, vai ficar com a doença que o morto tem.

23. Para ter paz no seu dia-a-dia, ande com um ramo de salga na sua bolsa.

24. Varrer a casa à noite, é varrer a riqueza.

25. Se uma criança vir uma pessoa a comer, pode ficar ougada. Para desougar tem que se fazer um bolo com azeite, a criança tem que ir para trás de uma porta, passa-se o bolo por debaixo da porta e a criança tem que comer, se não o comer, dá-se o bolo ao cão.

26. Fita vermelha dá sorte.

27. Os bebés não devem dar beijos nos espelhos, pois podem não vir a falar.

28. Quando mexer o chá na xícara, faça-o da esquerda para a direita, caso contrário pode causar futuras brigas.

29. Se duas mulheres serviram o chá do mesmo bule, significa que uma delas terá um filho dentro de 1 ano.

30. O sal serve para afastar os «olhos gordos».

31. Não se deve passar por baixo de uma escada porque não cresce mais e dá azar.

32. Não se deve cheirar flores porque o bebé pode nascer com uma flor desenhada na pele.

33. Uma grávida não deve beber num copo rachado porque o bebé pode nascer com o lábio rachado.

34. Não se deve matar lagartixas em dia de sol, porque senão no dia seguinte chove.

domingo, 15 de março de 2009

Plantas que curam / remédios caseiros




Tratamentos da avó



COMO SECAR AS PLANTAS?



- Secá-las num lugar seco, arejado e às escuras.
- Os ramos devem ficar suspensos e virados para baixo.
- As folhas e flores devem ser bem espalhadas num tabuleiro para secarem como deve ser.







    • Modo de preparar

Existem várias formas de consumir as ervas, as principais são :

– Deve ser preparada para ser usada na hora. Jogue um copo de água potável e água a ferver sob as plantas. Tape e deixe em repouso meia hora. Depois basta coar.

Decocção – É o cozimento das ervas. Coloque a quantidade desejada da planta em uma vasilha com um copo de água. Deixe ferver, aproximadamente 15 minutos. Vá acrescentando água, espere esfriar e coe.



ALECRIM


Características: arbusto grande, fortemente aromático, sempre verde, com folhas azuis, rosa ou brancas.

Aplicações: intestinos, fígado, cansaço e dores de cabeça.

Partes usadas: ramos frescos ou secos.

Modo de preparar: pôr o alecrim em água a ferver um ou dois raminhos.

Como tomar e durante quanto tempo?
Tomar depois das refeições, ou só à noite durante três dias seguidos. Se utilizado como estimulante para os intestinos: uma chávena ao levantar.

**
Segundo a sra. Delmina Sampaio, de V. N. de Famalicão, também serve para curar feridas (cicatrizante exterior). Ora vejamos a sua receita: molham-se as folhas de alecrim em vinho e colocam-se sobre as feridas. Faz-se este tratamento 3 vezes por dia, até curar.



CAMOMILA

Características: as folhas penugentas desta pequena perene são fortemente aromatizadas quando esmagadas.

Aplicações: brônquios, indigestão e funciona como sedativo suave.

Partes usadas: flores.

Modo de preparar: infusão.

Quando tomar?
No fim do almoço e ao deitar.





CARQUEJA





Características: planta subarbustiva, sem folhas.



Aplicações: bronquite, tosse, rins, bexiga, colesterol e tensão.


Partes usadas: flores ou ramos.

Modo de preparar: Pôr água a ferver, deitar a carqueja e deixar ferver mais um pouco.


Quando tomar?
Tomar depois das refeições, de preferência.



CEBOLA

Características: planta herbácea, de bolbo grande, liberta enzimas que provocam ardência nos olhos, tem mau cheiro e provoca mau hálito.

Aplicações: rouquidão, tosse e circulação sanguínea.

Partes usadas: cascas da cebola.

Modo de preparar: Pôr água ao lume a ferver, deitar as folhas e deixar ferver um pouco.

Quando tomar?
Tomar sempre que quiser.

* A cebola crua, consumida antes das refeições, é boa para a diarreia.



CENOURA


Características: cor laranja

Aplicações: tosse, dores de garganta e constipações.

Partes usadas: a cenoura.

Modo de preparar: descascar uma cenoura, cortá-la em rodelas finas, deitar uma camada de açúcar amarelo por cima e deixar assim de um dia para o outro. Fica uma espécie de xarope.

Quando tomar?
Tomar três vezes ao dia uma colher deste xarope ou apenas uma colher ao deitar.

* Se consumida crua contribui para curar aftas; cozida faz bem à diarreia e às úlceras.




CHÁ VERDE

Características: de cor verde e com baixo teor de cafeína, ajuda a diminuir o stress do dia-a-dia.

Aplicações: indigestão, estômago e coração, relaxante e sedativo.

Partes usadas: folhas.

Modo de preparar: pôr água a ferver, deitar um bocado de chá verde e deixar ferver um pouco.

Quando tomar?
No fim da refeição, preferencialmente.



ERVA-CIDREIRA

Características: de cor verde e aroma a limão, é uma perene arbística, média, subespontânea em Portugal.

Aplicações: indigestão, bichas, insónias, febre, dores de estômago e acalmar os nervos.

Partes usadas: folhas e caules frescos ou secos.

Modo de preparar: pôr água a ferver, deitar um bocado de erva-cidreira e deixar ferver um pouco.

Quando tomar?
Tomar preferencialmente depois das refeições, pois desgasta o estômago. No entanto, se tiver bichas deve tomar três vezes ao dia, durante dois dias.

* Atenção: deve ser apanhada no dia de S. João.



EUCALIPTO

Características: árvore de porte elevado, de folhas largas, bastante aromáticas, é oriunda da Austrália e da Tasmânia.

Aplicações: bronquite, asma, constipações, sinusite, feridas, infecções, borbulhas, caspa, oleosidade do cabelo, desinfecção do ambiente de uma casa ou de um quarto.

Partes usadas: folhas largas.

Modo de preparar: fazer um cozinhado das folhas de eucalipto (pode-se juntar alecrim).

Como aplicar e durante quanto tempo?

* No uso externo, pode ser aplicado na lavagem de feridas, a frio, infecções, borbulhas e cabeça.

* Os vapores podem ser inalados directamente do recipiente onde foi preparada a infusão, no caso de querermos tratar bronquite, sinusite, constipações ou asma.

* Com as folhas fervidas durante algum tempo também se pode desinfectar a casa.




FIGUEIRA


Aplicação: verrugas.

Partes usadas: seiva da base das folhas ou dos figos.

Como aplicar?
Coloca-se a seiva (leite) da base das folhas ou dos figos sobre a verruga durante os dias que precisar, ou seja, até que seque e desapareça


FUNCHO


Características: é uma planta herbácea, cheirosa, com folhagem penugenta.

Aplicações: mau hálito, facilitar a digestão, sangue, cérebro e fígado.

Partes usadas: ramo sem flor. Pode secar ou congelar as folhas

Modo de preparar: infusão. Por cada litro de água deita-se uma colher de sopa desta planta e deixa-se ferver durante alguns minutos.

Quando e como tomar?
Bebe-se a qualquer hora, mesmo frio, em vez de água.

* Nota: O funcho também pode ser utilizado na sopa.


HIPERICÃO


Características: perene de tamanho médio, de flores amarelas em forma de estrela, folhas semi-verdes, grandes pintas translúcidas que contêm o óleo usado em medicina tradicional. Também é conhecida por planta mijadeira.

Aplicações: vesícula, rins, fígado, intestinos, estômago, tensão nervosa, ansiedade, circulação do sangue, problemas da menopausa, contusões, entorses, cãibras, névoa dos olhos, queimaduras e feridas.


Partes usadas: folhas e flores frescas ou secas.

Modo de preparar: ferver a água e deitar as folhas e as extremidades floridas (de 3 a 5 g).
No caso da névoa no olho, deve-se molhar as folhas em água e pôr no olho.

Quando e como tomar?
Tomar, de preferência, de manhã, em jejum ou 3 chávenas por dia, antes das refeições.

* No caso da névoa no olho, deve-se molhar as folhas em água e pôr no olho. Isto deve ser feito durante uma semana e 4 vezes ao dia.

Atenção: - Evitar o uso prolongado deste chá, porque pode trazer problemas.
- A folhagem é prejudicial se ingerida.



HORTELÃ


Características: planta herbácea, de folha larga, cor verde e aromatizada.

Aplicações: estômago, diarreia, “bichas”, constipações, enxaquecas, dores de cabeça e nervos.

Partes usadas: caules e folhas frescas ou secas.

Modo de preparar: Infusão.

Quando e como tomar?
Tomar uma chávena cheia quando for necessário, preferencialmente após as refeições. Caso seja para as bichas, acrescentar umas gotas de vinagre e consumir em jejum.

* Atenção: a) Não dar a bebés nem a mulheres que estão a amamentar crianças, pois reduz a quantidade de leite.
b) Pode ser utilizado na comida como condimento.



LARANJEIRA


Aplicações: constipação, tosse e insónias.

Partes usadas: folhas, flores frescas ou secas.

Modo de preparar: Pôr água a ferver, deitar as folhas de laranjeira e deixar ferver mais um pouco. Se tiver insónias faz infusão com as flores frescas ou secas.

Como tomar e durante quanto tempo ? Tomar quando precisar, 3x dia.


LIMÃO


Aplicações: digestão, dor de garganta e constipações.

Partes usadas: cascas de limões.

Modo de preparar: ferver a casca em água durante dois ou três minutos.

Quando e como tomar?
Beber com açúcar ou mel sempre que necessário e se quiser pode acrescentar umas gotas de sumo de limão. Se estiver constipado deve beber o chá bem quente, à noite, ao deitar na cama.



LIMONETE


Características: planta arbustiva, odorífera, também conhecida por lúcia-lima.

Aplicações: fígado e estômago.

Partes usadas: as folhas.

Modo de preparar: ferver a água, deitar as folhas e deixar ferver uns trinta segundos.

Quando e como tomar?
Tomar de manhã e à noite.




LOUREIRO


Características: planta subarbórea, nativa do Mediterrâneo, perene e de cor verde. As folhas são secas inteiras, pois assim mantém o seu sabor durante quase todo o ano .

Aplicações: alivia dores causadas por entorses, feridas e reumatismo.

Partes usadas: folhas.

Modo de preparar: Molha-se o louro em vinho tinto e coloca-se por cima das feridas.

Durante quanto tempo ? Colocar o louro por cima da ferida e deixar ficar uns vinte minutos. Fazer isto 3 x ao dia durante 3 dias seguidos. Se não curar prolongar por mais três dias.



MACELA


Características: planta de flores amargas e aromáticas.

Aplicações: estômago, fígado, rins, bexiga, sinusite, faringite, outras doenças.

Partes usadas: cabecinhas de macela secas ou frescas.

Modo de preparar: ferver a água e deitar dentro cabeças de macela..

Quando e como tomar?
Tomar às refeições, excepto nos casos de faringite e sinusite. Nos casos da faringite, o chá serve apenas para gargarejos, enquanto nos de sinusite pode ser inalado ainda quente.

* Atenção: Não se deve tomar durante a menstruação, a gravidez e o aleitamento.



MALVA


Aplicações: queimaduras, pisaduras, picadas de insectos e feridas.

Partes usadas: folhas frescas.

Modo de preparar e aplicar: pisam-se muito bem as folhas frescas e põem-se sobre as pisaduras, queimaduras, ou esfrega-se sobre o local irritado pela picadela de insecto. Para as feridas: põem-se as folhas na água e deixa-se ferver um pouco; deita-se a água bem quente com as folhas dentro numa bacia e põe-se na ferida. Isto durante 8 dias.

Nota: Podem-se cozer verdes ou apanhar no S. João.



OLIVEIRA



Aplicações: tensão, diabetes, fígado.

Partes usadas: folhas frescas ou secas.

Modo de preparar: ferver cerca de um litro de água, deitar dentro umas 9 folhas e deixar ferver.

Como tomar e durante quanto tempo?
Beber pouco e só uma vez por dia, em jejum, durante uns três dias na semana, pois continuado faz mal ao coração.

* Nota: As folhas têm de ser contadas – cinco, sete ou nove.



SABUGUEIRO


Aplicação: queimaduras.

Partes usadas: folhas.

Modo de preparar: cozer as folhas de sabugueiro.

Como aplicar e durante quanto tempo?
Pôr sobre a queimadura até secar e depois substituir por outras folhas.

* As folhas desta planta secam-se no Verão à sombra.

SALSA


Aplicação: colesterol.

Partes usadas: Folhas ou caules.

Modo de preparar: põe-se água numa chaleira até ferver, quando já está a ferver põe-se as folhas ou caules dentro da chaleira e deixa-se arrefecer um pouco.


SALVA


Aplicações: Para regularizar o período menstrual, problemas de garganta, aftas, vesícula, digestão e para limpar o estômago.
Externamente pode ser usado para aftas, frieiras e entorses.

Partes usadas: ramos e folhas frescas ou secas.

Modo de preparar: deitar numa cafeteira de água a ferver um ou dois ramos de salva. Se tiver aftas, faz decocção de um punhado de folhas para bochechar.

Como tomar e durante quanto tempo?
Beber em jejum três ou quatro dias seguidos. Também se pode beber no momento em que a pessoa esteja aflita.
* Atenção: Evitar durante a gravidez e não dar a beber a epilépticos.



TÍLIA Características: árvore, por vezes de grande porte, contém essências aromáticas, ricas em magnésio.

Aplicações: estômago, rins, bexiga, enxaqueca, diarreia, propriedades sedativas, o que o torna num anti-inflamatório, problemas nervosos (acalma).

Partes usadas: extremidades floridas.

Modo de preparar: ferver a água e deitar um bocadinho de tília.

Como e quando tomar?
Beber sem açúcar, 3 chávenas por dia depois das refeições, ou então beber só à noite.

* Nota: Apanha-se em Junho, vésperas de S. João.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Famalicão_ Datas históricas

1205 - Recebeu foral de D. Sancho I.
1217 - Confirmação da Carta de Foral por D. Afonso II.
1835 - Foi criado o concelho.
1841 – D. Maria II concedeu a V. N. de Famalicão a categoria de Vila e passou a sede de concelho.
1948 – Primeiro Plano de Urbanização da Vila
1985 - Foi elevada a cidade por lei de 14 de Agosto deste mesmo ano.

Feiras do Concelho de V. N. Famalicão

Semanais:

* Vila Nova de Famalicão à quarta-feira;
* Oliveira S.Mateus à quinta-feira;
* Joane ao Sábado.



Anuais:

* Vila Nova de Famalicão - Feira grande ou feira das trocas a 8 de Maio;
* Vila Nova de Famalicão - feira grande de S. Miguel a 28 de Setembro.

O espaço da feira

As informações mais antigas que encontramos referentes ao local da feira datam de 1835, e dizem que o campo da feira era muito menos espaçoso que o actual espaço. Apenas existiam algumas barracas de madeira cobertas de colmo para os feirantes que aí acorriam de quinze em quinze dias, e nas duas feiras grandes anuais de 8 de Maio e de 29 de Setembro aumentavam o seu número .
Além de ser um espaço pequeno, era composto, em parte, por bouças e matas particulares que iam do Cruzeiro até à capela. Aí se aglomeraram barracas a esmo e no meio de uma confusão geral. As reformas surgiram no início de 1842, com o alargamento do espaço destinado às trocas comerciais e algumas obras que pouco resolveram a situação. O número de barracas, era excessivo e a sua implantação continuava caótica.Só a partir de 1880 se conseguiu mais terreno, a abertura e pavimentação de uma rua a norte do campo da feira, o rebaixamento do terreno em frente aos prédios do Montulo, e a construção de acessos da estrada ao campo de feira destas obras devidas sobretudo à iniciativa de Adriano Pinto Basto, terá resultado, possivelmente, o Picadeiro, a demolição dos prédios que desalinhavam ou obstruíam os arruamentos, bem como a demolição do Cruzeiro. Mais tarde, no lugar deste construiu-se um quiosque, transferindo-se a capela (1921) para onde está actualmente.
Construído o edifício de Cupertino de Miranda (Banco Português do Atlântico, Biblioteca...), a feira transferiu-se para o espaço junto do rio Pelhe, e na década de 90 para o local onde actualmente se fazem às quartas-feiras.

Famalicão_ BREVE HISTÓRIA DAS FEIRAS

Uma das mais melhores tradições Famalicenses são as feiras, criadas pelo foral de D. Sancho I, faziam-se quinzenalmente, e, desde o princípio do século XIII, foram um local de importantes trocas comerciais, para além de serem, desde sempre, um ponto de encontro de pessoas e de recolha e troca de informação.
“ (...) Mando que façais uma feira ao domingo, de quinze em quinze dias, e pagueis portagem como pagam em S. Pedro de Rates. E todos os que vierem à feira não serão penhorados ou retidos por ‘calúnia’ sobre qualquer acção cometida nesse dia.”

Carta de foral de Famalicão – 1205(adaptado)

A crise do séc. XIV também se reflectiu nestas feiras, no entanto, após esta crise, sobremaneira na primeira metade do séc. XVI, verificou-se um revigorar deste comércio quinzenal e, consequentemente, o desenvolvimento sócio-económico de Famalicão .
Em 1706, Famalicão que contava somente 100 fogos, era então sede do Julgado de Vermoim, pertencente à comarca e Barcelos, continuando a sua feira quinzenal e tinha já uma anual para gados no dia de S. Miguel.
O Abade Caetano José de Sousa Rebelo, em 1758, faz-nos uma descrição pormenorizada das feiras de V.N. que tinham lugar no campo da feira. Ora vejamos:
“Tem duas feyras grandes em cada anno, a saber, huma em dia de S. Miguel a oito do Mês de Mayo, que dura dois dias, a saber, o dia do Anjo, e o seguinte, e o outro em o dia da dedicação do mesmo anjo S. Miguel ... a vinte e nove de Setembro que dura também este dia, e o seguinte, as quaes feyras são francas para os do termo, e captivas para os de fora delle, vendesse e comprasse nellas, Bois, Vacas, Bestas, e sebados, em grande abundancia, a que concorre gente de longe, e alem disto se vendem varias mercancias; demais destas feyras tem mais outras feyras de hum dia cada huma, e são todas de quinze em quinze dias as quartas feyras, a saber, há nesta terra feyra todo o anno huma quarta feira sim, e outra não, tãobem francas para os do termo, e captiva para os de fora.”


Sabe-se que foi em 1837, mas não se conhece a data exacta, em virtude da destruição do livro 1º Actas, a decisão da Câmara Municipal de torná-la semanal. Porém, Santo Tirso desagradado, ter-se-á queixado que a sua feira era no mesmo dia e, por isso, se suspendeu esta pretensão. Entrou-se então num longo período de litígio e petições, até que numa Sessão de Julho de 1839 a Junta Geral do Distrito de Braga decidiu, finalmente, «que confirmava o estabelecimento do referido mercado semanal nos dias e cítios do costume», tendo sido registada em Alvará de 22 de Agosto deste mesmo ano.
Ora, o dito sítio seria no espaço pequeno, entre o Cruzeiro e a Capela de S. António, ou seja, no local em frente à actual Fundação Cupertino Miranda.
Com a conclusão da construção da estrada Porto–Braga por volta de 1850, a situação da feira foi novamente discutida.
Nos anos imediatos optou-se por destruir algumas barracas e nivelar o terreno de forma a conseguir melhoramentos no espaço onde se realizava a feira.
Foi ainda em 1853 que a Câmara procurou regulamentar e obrigar os comerciantes a ocuparem determinados sítios, a saber: os que vendiam fazendas brancas, capelistas e tendeiros iam desde o cruzeiro até à margem da nova estrada; os doceiros exporiam entre o cruzeiro até à curva em frente deste; os chapeleiros ficaram entre a esquina da casa de D. António Martins Branco até à esquina da capela; e logo a seguir os vendedores de sapatos. Quanto aos ourives, só lhes era permitida a venda no adro da Capela de Santo António.
Em 1859 foi lavrada e assinada escritura entre a Câmara e os proprietários para a cedência de terrenos, que logo pensou na construção de casas de habitação e, deste modo, aproveitar a excelente localização junto à estrada Porto-Braga.




terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Famalicão_ civilização castreja

Foi no primeiro milénio antes de Cristo que a cultura castreja se desenvolveu e expandiu pelo noroeste da Península Ibérica. Só no concelho de Vila Nova de Famalicão existem alguns, tendo sido identificados dezasseis castros da Idade do Ferro. Cinco já foram objecto de intervenção arqueológica, possibilitando um conhecimento do modo de vida dos povos castrejos.
. Castro da Boca I - Vale de S.Cosme
. Outeiro do Castro II - Vale S. Cosme
· Castro do Crinho - Vale de S. Martinho
. Estação Arqueológica da Lamela - S. Martinho
· Castro das Eiras - Pousada de Saramagos
· Castro de Ermidas - Jesufrei
. Sto Antoninho - Sezures
. Monte Redondo - Portela
· Castro do Facho - Calendário
· Castro de Penices- Gondifelos
· Castro de Santa Cristina - Requião
· Castro de Santa Tecla - Oliveira de Santa Maria e Mogege
· Castro de S.Miguel - Ruivães
· Castro de S-Miguel-o-Anjo - Calendário
· Castro de Vermoim - Vermoim

Famalicão_curiosidades da sua História

O dia da inauguração do caminho-de-ferro em 1875.
Relatos coevos dão-nos conta que a estação de Vila Nova de Famalicão, naquele dia de abertura, se encontrava ricamente engalanada, tendo sido o comboio real aguardado por três bandas de música que tocaram à sua chegada, e muita população presente, desejosa de ver a máquina e os seus ocupantes. O presidente da Câmara municipal, Sr. Barão da Trovisqueira, leu uma mensagem dirigida ao Augusto Monarca, dizendo em seu nome e dos municípes que representava, a alegria que sentia, não só do caminho-de-ferro passar pela nossa terra, mas também pela presença de suas Majestades Rei e Rainha de Portugal. Seguidamente o comboio partiu em direcção a Nine, onde nessa estação o aguardava, igualmente, uma banda de música e muito povo que recebeu entusiasticamente suas Majestades e os seus acompanhantes.

Famalicão_ figuras ilustres



Camilo Castelo Branco (1821- 1891), escritor que reparte com Eça de Queiroz a primazia dos romancistas Portugueses, residiu em S. Miguel de Ceide, onde se veio a suicidar com um tiro, no entanto, tem-se falado muito do desconhecimento que dele tinha Famalicão seu contemporâneo. Porém, uma proposta apresentada por Adriano Pinto Basto, na Câmara Municipal, em 1886, ainda em vida do escritor, pode ajudar a matizar esta visão.

Famalicão_ A lenda

A lenda de Famelião, datável da Idade Moderna e transmitida pelo Abade do Louro, Domingos Joaquim Pereira, na sua “Memória Histórica de Barcellos, Barcellinhos e Villa Nova de Famalicão”, publicada em 1865, está nessa linha de invenções populares provocadas pela necessidade de buscar uma explicação para a origem da povoação e para o topónimo da terra famalicense.
Habitualmente as lendas aproveitam factos verdadeiros ou verosímeis e urdem com eles narrativas fantasiadas.
A lenda:
Conta-se que um vendeiro de nome Famelião casou com uma criada dos condes de Barcelos, cujo nome era Motta, e os dois resolveram construir uma estalagem ou venda num local ermo, à beira da estrada Braga-Porto. Essa pousada, com acomodações para viandantes e muares, deu origem à povoação, que do nome do seu fundador se chamaria Famelicão. Também o nome da esposa ficaria gravado para a posteridade, pois que certo terreiro local se chamaria Largo da Mota, por nele ter existido um tal “ carvalho da Mota “, certamente por ter sido plantado pela mulher de Famelião.


Esta explicação é absurda, quer do ponto de vista etimológico, quer segundo os documentos históricos.


Que se retira da lenda do Famelião?
Há elementos verdadeiros, como por exemplo os relacionados com o desenvolvimento de uma povoação em torno de uma estalagem situada, provavelmente, à direita da via Braga-Porto, e a ideia de que a prosperidade da terra dependeu em parte de ser um centro de comunicações.
E quanto a Mota, que terá dado o nome ao Carvalho e ao Terreiro e depois à Praça?
Trata-se, naturalmente, de mais uma palavra, de cariz arcaico, cujo significado se perdeu nas brumas dos tempos, e daí se ter arranjado uma explicação criativa, de acordo com a imaginação popular, relacionando a terra com a existência de uma lendária criada.


Famalicão_ao encontro da sua História


Vila Nova de Famalicão foi um concelho rural que surgiu em 1205 através da carta de foral concedida por D. Sancho I, valorizando-se, assim, em termos económicos e populacionais, sendo a sua área geográfica abarcada por parte da actual freguesia de V. N. de Famalicão.
Em nome de Cristo e por sua graça. Amén.
Seja do conhecimento de todos os presentes e futuros que eu Sancho (I), por graça de Deus Rei de Portugal, juntamente com os meus filhos e filhas, outorgo carta de Foral aos homens daquele meu reguengo de Vila Nova, cujo rendimento é de 40 móios, o qual foral quero que seja estável e firme para aqueles povoadores e toda sua descendência por todo o sempre. Em primeiro lugar, mando que sejam 40 povoadores que tenham casas e terrenos e que trabalhem aquele meu reguengo e que dêem a terça e não mais. E das casas e terrenos dêem um bragal direito e mais nenhum foro; e este bragal seja pago de S. Miguel a S. Miguel. Todo o lucro que estes 40 povoadores obtiverem naquele reguengo possuam-no perpetuamente, por direito hereditário, e vendam-no com o seu foro a quem quiserem E não paguem senão as três 'calúnias’ que são impostas aos homens do hospital, com a diferença de que, em vez dos moios que eles pagam, estes devem pagar soldos. E tenham este foro todos os que aí habitarem...”

Carta de foral de Famalicão – 1205(adaptado)



Este foral foi confirmado por D. Afonso II em 1217, e, mais tarde, com D. Dinis, o concelho revestiu-se de dignidade real e foi valorizado com a criação de uma das mais antigas feiras do país. Em 1307 os documentos referem pela primeira vez o topónimo “Fhamelicam” e com os censos de 1527 já aparece “Vila Nova de Famyliquam”.

Foi centro da terra ou Julgado de Vermoim, pois, à medida que o castelo perdia a importância que tinha tido noutros tempos, ganhou-a Famalicão, ascendendo à condição de centro administrativo, judicial e religioso, vindo, com o tempo, a liderar várias freguesias circundantes.
Depois de em 1410 o Julgado de Vermoim ter sido integrado no termo de Barcelos, a autonomia de V. N. Famalicão manteve-se, assim como um certo crescimento económico e demográfico, porém, em termos políticos e administrativos declinou.

Com o final da guerra civil de 1832-1834 e dentro das reformas administrativas então encetadas pelo liberalismo, tornou-se sede de concelho em 1835.
Aquando da sua visita a Famalicão, em 1841, a rainha D. Maria II elevava esta terra à categoria de vila através de carta de Foral, argumentado: atendendo que na povoação de Famalicão concorrem as necessárias proporções para sustentar com dignidade o título de vila, tanto pelo seu comércio e subido o número de proprietários como pela grandeza dos edifícios, nos quais ultimamente se tem feito consideráveis melhoramentos”.
Onze anos depois, em 1852, volta a vila nova, inaugurando uma série de três visitas régias de que Famalicão foi alvo no decorrer do século XIX.
Só por volta de 1879 que se definiu a estrutura paroquial com os limites geográficos de hoje, embora com ténues variantes, de 49 freguesias.

Nos finais do século XIX começaram a instalar-se em V. N. de Famalicão fábricas e oficinas como a Boa Reguladora, Tipografia Minerva e fábricas têxteis em Riba D’Ave.

Os meios de transporte e comunicação desenvolveram-se imenso, tendo sido inaugurada em 1851 a estrada Porto-Braga e o caminho-de-ferro em 1875.
Em 14.08.1985 , assistimos à elevação de Vila Nova de Famalicão a cidade. Entretanto o crescimento populacional e urbanístico tem avançado imenso, tendo-se alargado o espaço urbano para as freguesias dos arrabaldes, nomeadamente Antas, Calendário e Gavião. As actividades do sector secundário são as que continuam a ocupar a maior parte da população famalicense, no entanto as do sector terciário têm vindo a ganhar algum terreno, enquanto no sector primário, sobretudo a actividade agrícola, se tem reduzido imenso.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Histórias da História...- O PRESENTE

«Comboio em miniatura»

Nem mesmo os filhos dos reis tinham muitos brinquedos, e os que havia eram feitos artesanalmente e cada um era diferente, único.
Ora calculem a surpresa e alegria que sentiram os filhos da rainha D. Maria II e de D. Fernando II (aquele que mandou construir o Palácio da Pena) quando receberam um pequeno comboio, o Liliputaine, oferecido pelo rei de França, padrinho do príncipe português, D. Luís.
Era uma miniatura do comboio particular do monarca francês.
O "brinquedo" era feito em madeira pintada, cobre e metal dourado. Podia transportar várias crianças e mesmo um ou dois adultos em pequenas "viagens".
O sucesso foi de tal modo estrondoso que, posteriormente, foi instalado no Passeio Público, em Lisboa, situado onde é actualmente a Avenida da Liberdade, para divertimento da população. Neste local se reunia a sociedade lisboeta, nos seus momentos de lazer.

Histórias da História... - telégrafo

O telégrafo

Entre os anos 1806 e 1807, o então Príncipe Regente D. João instalou a corte no Palácio Real de Mafra. Os nobres e altos funcionários do reino iam, muitas vezes, visitar aí a família real – «fazer a corte», como se dizia então.
O Desembargador José Guilherme de Miranda, administrador dos Marqueses de Fronteira e tutor de D. José Trazimundo e de seus irmãos, era conhecidos pelas muitas anedotas que se contavam sobre a sua pessoa.
Um dia, depois de ter ido a Mafra visitar o Príncipe Regente, esqueceu-se de uma magnífica caixa de rapé num dos muitos quartos que existiam no Palácio Real. Ficou muito aflito porque, naquela altura, percorrer os poucos quilómetros que separam Mafra de Lisboa obrigava a uma viagem demorada e cansativa.
Foi então que um dos seus amigos, ao ouvi-lo lamentar-se, lhe sugeriu:
- Mande pedir a caixa pelo telégrafo!
O Desembargador mandou, então, um criado seu fazer o pedido. E quando o criado voltou, dizendo que tinha dado o recado, furioso, gritou-lhe:
- Seu tolo! Por que não fizeste o que te ordenei? Não te mandei pedir que enviassem a caixa pelo telégrafo? Então, por que não a enviaram?
(Narrativa adaptada de um excerto de Memórias do Marquês de Fronteira e d’Alorna)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sempre a aprender

Prof. Pasquale Cipro Neto

Popularmente diz-se:
'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro.'
O correcto:
'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.'
'Cor de burro quando foge.'
O correcto é:
'Corro de burro quando foge!'
Outro, que todos dizem de uma maneira errada:
'Quem tem boca vai a Roma.'
O correcto é:
'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar)
Outro famoso...:
'Quem não tem cão, caça com gato.'
O correcto é:
'Quem não tem cão, caça como gato'... ou seja, sozinho!

Dizia correctamente algum desses ditados?

Frases intemporais

«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.»
Eça de Queiroz